domingo, 23 de dezembro de 2012

O pedido...



Vinicius de Moraes tem um samba lindo que se chama "Samba da Bênção". Sim, é aquele que fala: "a vida é  a arte do encontro". Mas nesta mesma letra tem uma parte em que ele fala das mulheres. O poetinha diz que a mulher tem "uma beleza que vem da tristeza de se saber mulher". Eu me identificava com várias partes da música, principalmente com a afirmação "a vida é pra valer!". Porém confesso que nunca imaginei que me identificaria com o trecho sobre "as mãos cheias de perdão".

Indo ao encontro daquela outra canção dele que diz "a vida tem sempre razão", embarquei num avião no aeroporto Antônio Carlos Jobim (Galeão - RJ) para chegar em Porto Alegre e entender o sentido desta música e de Wave, do Tom. E como são coisas que nem mesmo eu consigo explicar, pois "só o coração pode entender", o fato é que "o resto é mar, é tudo que eu não sei contar"...

Não sei contar direito, porque não sei por onde começar. Desembarquei no dia 21 de dezembro em Porto Alegre. Num dia em que as pessoas só falavam no tal do fim do mundo, eu cheguei no aeroporto e fui surpreendida. Com flores, camisa e até um cartaz, vi um homem parar o aeroporto e se ajoelhar aos meus pés. Do bolso saiu um anel e da boca saíram palavras que vão ficar só entre nós. Sim, fui pedida em casamento! Agora sou noiva do Jeferson Araujo Rodrigues!






quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

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Quero ver quem vai perguntar se já jantou
Quero ver ver quem vai perguntar se já escovou os dentes
Quero ver quem vai te pedir licença para "bater a cama"
Quero ver quem vai mandar você se levantar para tapar a luz da televisão
Quero ver quem vai te ligar para reclamar que tá quente
que ta frio
que chove
que faz sol
Quero só ver quem vai te pedir para matar uma barata
Quero só ver quem vai te pedir para esquentar a água do chá

domingo, 25 de novembro de 2012

Certeza

Sabe, desde que vocês se foram eu nunca esqueci de vocês por um dia. Quando a noite chega eu me pergunto qual seria o conselho que me dariam. Por mais que eu fique em silêncio, e tente ouvir a minha voz interior, sempre penso qual seria a palavra que ouviria de vocês. Com certeza seria uma mistura de razão e emoção, de fé e coragem.

Esse ano que está acabando eu passei por poucas e boas. Me formei, quase morri num acidente de carro, descobri finalmente o que eu tenho no sangue, pedi demissão, aprendi a fazer outros tipos de comida, etc, etc, etc...vivi...

Em cada um destes momentos, sejam eles os bons ou os ruins, eu tinha um pouco de cada um dentro de mim. Ou talvez estivessem ao meu lado, como eu nunca deixei de acreditar. Na hora de colocar o barrete, na hora em que o carro rodou na pista, na hora em que pedi as contas. Sim, eu tenho a certeza de que vocês estavam lá.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Aperta o play!

Nossa, meu blog tá MUITO abandonado. Peço desculpas aos seguidores/leitores. Se sobrar tempo prometo passar mais vezes por aqui. Até meu perfil tá velho, agora sou jornalista DIPLOMADA!

Nos últimos posts também reclamei da falta de tempo. Mas é que com esse tal de tempo que eu aprendi que é importante manter o foco, correr atrás das metas e jamais desistir.  Consegui fazer o que havia me comprometido. Promessas que fiz a mim mesma. Abri mão de muita coisa, mas consegui chegar onde queria. E valeu muito a pena. Esta conquista ninguém tira de mim. Atrasado, porém no tempo certo, ele veio: meu diploma. Suado, sofrido, mas distinto. Fechei este ciclo com chave de ouro, ou melhor, nota dez. E não foi sorte, foi trabalho mesmo, muito!

Alívio? Que nada. É como um jogo de vídeo game, a cada fase que se passa a próxima fica mais difícil. E agora? Agora aperta o play!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Chegada e partida

Nesta semana duas datas completamente antagônicas se encontraram. Dia 09 de janeiro completou um ano que minha mãe me deixou. Dia 12 de janeiro é seu aniversário. Sim, apenas três dias de diferença marcam uma chegada e uma partida. Eis que me pergunto: Por qual motivo temos mania de contar o tempo em que alguém partiu?

Veja bem. Contabilizamos 7 dias de falecimento, 1 mês de falecimento, 1 ano de falecimento, etc. Tudo bem que também celebramos os aniversários, mas você conta quantos dias está vivo? Não, ninguém faz isto. "Hoje  é meu aniversário de 24 anos e 11 meses de vida". Não. Realmente deixamos para comemorar somente naquele dia que marca nosso nascimento. Loucura né?

Desta loucura toda, desta imensa saudade que um colo de mãe deixa, encerro com uma frase de John Lennon, que me veio a cabeça agora: "A vida é o que acontece enquanto você está ocupado fazendo outros planos".

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

No silêncio uma resposta

Meu blog está mais parado que água de poço. Bem ao contrário da minha vida, que sempre foi, e sempre será, super agitada como as águas do mar. Resolvi "tirar o pó" desse cantinho contando um segredo...

Sempre que penso no meu pai acabo lembrando de algo que ele viu, nunca comentou, e levou com ele. Vou contar primeiro a história e depois vou tentar explicar o significado.

Certo dia, ou melhor, madrugada, eu e o Jeferson ainda não eramos "oficialmente" namorados (embora ele já tivesse ido na minha casa), saímos de uma festa e junto com uma amiga fomos para minha casa. Detalhe, que eu adoro encher a boca para contar: eu estava na Cidade Baixa e ele na Zona Sul. Ele saiu às quatro horas da madrugada do outro lado da cidade para me encontrar.

Chegamos na minha casa. Eu, Jeferson e minha amiga, ficamos jogando conversa fora na sala. Por um instante minha amiga saiu da sala. Naquele dia eu e ele não havíamos ficado, não havíamos trocado um beijo se quer. Pois não é que justo na hora em que ficamos sozinhos, e que ele me deu um beijo, o meu pai apareceu na sala? Morri de vergonha. Sempre respeitei meus pais, não estava fazendo nada de errado, até porque minha família é tão maravilhosa que sempre acolheu amigos em minha casa. Porém fiquei com vergonha porque meu pai já estava doente. Na verdade achei uma falta de respeito da minha parte.

Bom, você que está lendo este texto deve estar se perguntando: "mas e daí? O que teu pai fez quando viu vocês se beijando?". Então, aí que está o "xis da questão". Meu pai me surpreendeu e não disse e nem fez nada. Nem naquele dia, nem no dia seguinte, nem nunca. Contei tudo para minha mãe e ela também "estranhou". Afinal, logo o seu Sergio Roberto Campos Silva não teceu nem se quer um comentário com ela.

O tempo passou, meu pai nos deixou e eu e o Jeferson começamos a namorar alguns meses depois. Até hoje me pergunto: "O que será que meu pai pensou?". Eu e o Jeferson ficamos sem jeito naquela noite. Embora seja super natural dois namorados se beijarem com carinho na frente de qualquer pessoa, naquela situação o Jeferson ainda não era meu namorado.

Mas lá vou eu analisar as coisas... Eis que encontrei o significado desta história. Nada é por acaso (sim, eu sempre repito isto). Naquele dia, de uma forma um pouco inusitada, meu pai conheceu seu genro, e se ele (quem o conheceu sabe do que estou falando) não disse nada é porque seu futuro genro havia sido aprovado pelo seu futuro sogro. O silêncio do meu pai é a grande resposta. Seu silêncio foi a aprovação que toda mulher no fundo procura de seu pai sobre seu namorado.